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Projeto político

Sobre

O tempo passa, o clima muda, o planeta aquece, o menino cresce, tudo naturalmente muda. Quando percebemos, as coisas estão totalmente diferentes. Mas, uma coisa não muda: o sentimento do aluno, do sempre aluno, pelo Neves.

A história conta, através dos anos, que o menino, agora homem, quando volta, ocupa-se de ver, de voltar a ver as mangueiras, o portão de seu Rafael, a capela, o sítio, como se o tempo tivesse parado enquanto ele viajava pelo mundo. É mágico o reencontro. Esses filhos que retornam à casa de Nossa Senhora das Neves são tomados por um sentimento tão forte que, para as outras pessoas, que não viveram aqui a infância, não entendem esse sentimento e dizem que isso não faz o menor sentido.

Sabemos, no entanto, que esse sentimento é fruto de uma história escrita há décadas pela rubrica do amor. Esse sentimento desafia o tempo e a distância, perpetua-se, materializa-se, ganha forma e é exatamente isso que faz a história dessa Escola atravessar o tempo, desafiar a lógica, porque essa história remonta tantos anos de tantas outras histórias do menino antigo e da menina de agora que se misturam à própria história dessa Casa.

A história deste Colégio é contada através dos anos, das pessoas que por aqui passaram e pelas pessoas que aqui vivem passando a “lição” para os que chegam, como fizeram as Irmãs Alberta Garimbertti e Imaculada Widder em 1932 quando escreviam as 1ªs linhas da história que hoje se transforma em capítulos, de muitas que ainda serão contadas e que nos convidam a reviver, a relembrar e a contar histórias de ontem, de hoje, porque uma história se faz com gente , com almas, com corações, com sonhos. E a do Neves é contada assim, recheada de fatos que hoje nem nos damos conta de como tudo aconteceu, mesmo porque esses fatos, alguns fatos, estão tão presentes no nosso cotidiano que não paramos para pensar nessas páginas escritas. Vejamos: você sabia que a imagem de Nossa Senhora no jardim interno do prédio central não é a de Nossa Senhora das Neves e sim a de Nossa Senhora das Graças que foi colocada em 02 de fevereiro de 1950, quando, na ocasião, foi inaugurada a Capela que, inclusive, contou com a presença de convidados ilustres, como o historiador Luis da Câmara Cascudo? Quem imagina, por exemplo, a agitação provocada pela entrada dos garotos nas diversas séries em 05 de fevereiro de 1975, ou a instalação da TV Neves – 1º Circuito de TV privado do Estado? Esses fatos nos remetem a tantos outros fabulosos como a criação do Clube Esportivo Neves (CENEVES) em 1981, da inauguração do Auditório em 1985, ano também da inauguração do CENIC.

Ah Neves de histórias, de mudanças assistidas, testemunhadas, de pessoas que ajudaram a escrever a história da educação do Estado – de Irmãs, professores, que tanto fizeram e que hoje nós testemunhamos e desfrutamos dessas mudanças.

Viver o São João Neves é presente, mas vivê-lo no “Caveirão” é outra coisa. Ensaiar as dancinhas no “Viveiro” , a Torcida Neves na “Gaiola”, jogar queimada no “Sítio”, tremer de medo da “casa da bruxa”, ouvir com rigorosa atenção as histórias de Dalva, das brincadeiras no parque... Tantas histórias que são (re) lembranças porque são vividas até hoje – no presente, como se passado e presente se entrelaçassem: a avó e a neta, o primo e a sobrinha, as traquinagens do pai quando era menino, a saia da farda curta da mãe constantemente repreendida pela tia freira, de um “Neves formando gerações”. As viagens a Recife, Salvador e tantas outras, o orgulho de usar a farda de gala – quanta honra... A campanha para o CCE-MANA, o Encontrão que é, de fato, um encontro gigante. Falar do carinho, do zelo das Irmãs pela nossa formação cristã, lembrar de Irmã Andréia, da Oração do Dia, do Momento Cívico, da 1ª Eucaristia, da Crisma, do medo da confissão... Tantas lições de vida, de doação. E o Neves Voluntário? Sair pedindo alimentos, roupas, brinquedos pelas ruas sem nenhuma vergonha, sem nenhum cansaço, limpar escolas pobres, brincar com crianças carentes, não se importar com o calor, nem, tampouco, com o trabalho – Doar ações, doar sentimentos aprendi aqui no Neves. Aprendi a olhar o outro, a pensar no outro e saber das histórias de ontem, contar para amanhã as de hoje, protagonizar capítulos, cenas com tanta intensidade que nos fazem pensar em histórias de ­sempre, contadas, vividas, cantadas... Sabe, eu sou do Neves com muito orgulho, com muito amor ô ô ô.

Ana Maria Régis

Projeto Político

MISSÃO

A missão do Colégio Nossa Senhora das Neves consiste em educar contribuindo para a formação de cidadãos íntegros, conscientes, comprometidos com o desenvolvimento da ciência e da cultura, na promoção dos valores éticos e cristãos inspirados no carisma de Madre Francisca Lechner.

PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS:

Construção de um caminhar em direção ao:
- Aprender a conhecer;
- Aprender a fazer;
- Aprender a conviver;
- Aprender a ser.

VALORES

O Amor, a Confiança, a Cooperação, a Fé, a Fraternidade, a Gratidão, a Justiça, o Respeito, a Responsabilidade, o Saber, a Solidariedade

Colaborar na construção de uma sociedade mais humana, atenta às necessidades básicas do indivíduo, onde todos tenham assegurado o pleno exercício da cidadania, participando e interferindo na elaboração de um projeto de transformação social, dando como testemunho a nossa prática diária.

- Interdisciplinaridade;
- Transversalidade;
- Contextualização;
- Funcionalidade.

“O Marco Referencial é a tomada de posição da instituição
que planeja em relação à sua identidade,
visão de mundo, utopia, valores, objetivos, compromissos.
Expressa o ‘rumo’, o horizonte,
a direção que a instituição escolheu,
fundamentado em elementos
teóricos da filosofia, das ciências, da fé.
Implica, portanto, em opção e fundamentação”.
(Celso Vasconcellos)


A sociedade contemporânea protagoniza uma revolução ideológica virtual em que, de um lado é beneficiada pelas diversas possibilidades que viabiliza, como a diminuição das distâncias, a praticidade por ela promovida; constata-se, e de outro lado, por um esvaziamento na fé, um acentuado individualismo provocado pelo entendimento desse elevado fluxo de modernidade, o que vai, sem dúvida, colocar essa sociedade em constante necessidade de mudanças.
Vive-se numa sociedade burocrática, massificada pelo seu elevado fluxo de informações (muitas das quais enganosas), em que o espaço educativo procura readquirir centralidade e importância recriando-se como espaço aberto de comunicação, participação, criatividade, visão e atitudes críticas diante da vida.

“O Marco Doutrinal (ou filosófico)
corresponde à direção, ao horizonte,
ao ideal geral da instituição (realidade global desejada).
É a proposta de sociedade, pessoa e educação que o grupo assume.
Aqui são expressas as grandes opções do grupo (utopia fim).
Contém os critérios gerais de orientação da instituição”.
(Celso Vasconcellos)

Acreditamos numa sociedade inclusiva, democrática, plural e justa; ecologicamente sustentável; humanizada, humanizadora e solidária; pacífica e feliz; articulada e mobilizada popularmente; consciente, conscientizadora e reflexiva, capaz de superar as ideologias manipuladoras.

Pretendemos assumir uma educação crítico-reflexiva, humanizadora, científica e cristã, colaborando com a Igreja no processo de libertação e salvação da pessoa humana, levando-a a encontrar e/ou reencontrar os verdadeiros princípios, resgatando a crença numa ação evangelizadora não alienante, dinâmica, aberta ao diálogo e atenta aos apelos da humanidade

“O Marco Operativo expressa o ideal específico da instituição.
É a proposta dos critérios de ação
para os diversos aspectos relevantes da instituição,
tendo em vista aquilo que queremos
ou devemos ser (utopia meio)”.


Propomo-nos a desenvolver um trabalho dinâmico e participativo, visando a formação de pessoas comprometidas com a construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária.
Dessa maneira, optamos por uma educação transformadora, crítica e atuante, que resgate os valores e a dignidade da pessoa humana. Construindo uma escola que valorize, respeite e acolha as diferenças individuais; onde a fé cristã seja prioridade; comprometida com a libertação e salvação da pessoa humana; onde o amor preferencial pelos pobres norteie toda a ação educativa; aberta ao diálogo, que favoreça a participação e integração da comunidade educativa entre si, com as demais escolas e com a sociedade; que contribua para “unir”, numa síntese harmoniosa, o evangelho e a cultura, a fé e a vida.
A fim de que esta educação e esta escola se concretizem, faz-se necessário que os profissionais de educação atendam a um perfil no qual estejam presentes os seguintes pressupostos: comprometimento com o Evangelho e com a ação pedagógica; preocupação com sua formação contínua; responsabilidade no desenvolvimento de suas atribuições; consciência do seu papel de agente transformador.

Programa de Vida
“Nenhuma manhã sem oração fervorosa.
Nenhum trabalho sem boa intenção.
Nenhuma alegria sem um obrigado a Deus.
Nenhuma palavra sem se lembrar do Onipresente.
Nenhum sofrimento sem serena resignação.
Nenhuma ofensa sem perdão.
Nenhuma falta sem arrependimento.
Nenhuma ação do próximo sem ser interpretada benignamente.
Nenhuma boa obra sem humildade.
Nenhum pobre sem auxílio.
Nenhum coração sofredor sem uma palavra de conforto.
Nenhuma noite sem exame de consciência”.

Serva de Deus Madre Francisca Lechner
Fundadora da Congregação das Filhas do Amor Divino

O trabalho das Escolas da PRONEVES deverá ser integrado à ação da Igreja no processo de evangelização para libertar e salvar a pessoa humana, “despertando-a para encontrar e/ou reencontrar os verdadeiros princípios, resgatando a crença numa ação evangelizadora não-alienante, dinâmica, aberta ao diálogo e atenta aos apelos da humanidade. Para isso, foram traçados pressupostos que deverão direcionar as ações das Escolas da PRONEVES.

  • Fundamentarem-se nos valores do Evangelho;
  • Mostrarem-se empenhadas na construção de uma sociedade digna, justa e fraterna, formando pessoas comprometidas com esses objetivos;
  • Priorizarem a formação de cidadãos cristãos íntegros, conscientes, comprometidos com o desenvolvimento da ciência e da cultura, e a serviço dos valores indispensáveis à vida;
  • Propiciarem a valorização, o respeito e o acolhimento às diferenças proporcionando a todos liberdade de exercício pleno de seus direitos e deveres de cidadãos, resgatando o conceito de cidadania;
  • Colaborarem com a Igreja no processo de libertação e salvação da pessoa humana, exercendo uma ação evangelizadora não alienante, dinâmica, aberta ao diálogo, atentas aos apelos da humanidade, e priorizando o desenvolvimento da fé cristã;
  • Estimularem e viabilizarem o planejamento participativo nas Escolas e Província;
  • Articularem-se de maneira que haja liberdade de ação na diversidade das realidades, procurando socializar conhecimentos e experiências, analisar as ações pedagógicas e discutir a realização de projetos;
  • Oferecerem espaço para os leigos, exercendo sua ação pedagógica com democracia, abertura ao diálogo, transparência e acolhimento de idéias e ações;
  • Integrarem a ação educativa através do diálogo com as famílias;
  • Promoverem encontros sistemáticos de estudo e aprofundamento, com os profissionais, visando a melhoria da qualidade do ensino;
  • Preocuparem-se com o bem estar da comunidade educativa.
  • Valorizarem o educador proporcionando-lhe condições de trabalho e de formação continuada, envolvendo-o no comprometimento aos princípios ético-políticos da Congregação das Filhas do Amor Divino.

O educador cuja identidade é ser profissional do saber domina vários saberes que, em situações educacionais, transforma dando-lhes novas configurações e, ao mesmo tempo, assegura a dimensão ética de sua práxis cotidiana. Ele não só domina os saberes, como transforma-os, produzindo significados.
As escolas da PRONEVES reiteram a importância da Educação Continuada de seus profissionais como condição básica de segurança profissional e tem consciência de que os saberes que deverão ser trabalhados nessa formação são conseqüentes de uma racionalidade complexa, interativa, dialógica, do entendimento que não exclui a racionalidade normativa, instrumental de determinados campos da ciência e da tecnologia, mas que a integra num processo voltado para a emancipação humana e profissional dos seus alunos.
Efetivamente, os professores transformam o conteúdo do ensino, visando adequá-lo aos alunos a quem se destina, ao contexto onde o ensino ocorre, às limitações espaço-temporais e às normas institucionais e curriculares, entre outros. A transformação pedagógica da matéria na práxis da sala de aula ou de outros ambientes educacionais qualifica o educador como sujeito epistemológico.
O saber ensinar, ou a competência docente, está, portanto intimamente relacionado à construção de uma autonomia para a ação atenta, refletida, crítica e ética.
Contudo, devemos estar atentos aos limites e às dificuldades que se impõem nesse processo de ruptura, devido à presença da razão instrumental que alicerça as práticas sociais típicas de nossa formação societal. Isto vai exigir firmeza e convicção política acerca do projeto de sociedade que se defende e de uma educação capaz de conferir aos indivíduos a condição de sujeitos protagonistas da história, por meio de uma atividade criadora, a partir da prática da participação, da democracia coletiva e de uma comunicação libertadora.

Baseadas numa linha Pedagógica Crítica, Reflexiva e Transformadora, cuja metodologia assume a postura Dialógica da Educação, as Escolas da Província Nossa Senhora das Neves fundamentam-se na Teoria Crítica da Educação que percebe esse processo como uma mediação dialética entre sociedade e conhecimento.
O enfoque crítico e comunicativo entende que o mundo, a escola, as pessoas não estão prontas. Ao contrário, defende a idéia de que somos sujeitos de um processo de construção pessoal e social. A educação é um instrumento de resistência e transformação dos padrões socioculturais dominantes, que busca o resgate da dimensão humana, numa perspectiva de emancipação.
Aprender, por sua vez, é concebido como um ato de construção do conhecimento da realidade concreta, por meio de aproximações sucessivas. O aprendido não decorre da memorização, mas do nível crítico de conhecimento, ao qual se chegará pelo processo de compreensão, reflexão e crítica. Aprender significa, assim, passar de uma visão sincrética e ingênua da realidade (senso comum) para uma visão sintética, clara e unificada dessa mesma realidade (senso crítico), mediatizada pela análise que se faz por meio do conhecimento trabalhado. Ao final do processo de ensino, o aluno deve ser portador de saberes capazes de orientá-lo e dar clareza à sua posição como cidadão integrante de uma sociedade.
Nessa perspectiva, educandos e educadores são sujeitos na construção do conhecimento.
A linha pedagógica adotada pelas Escolas da PRONEVES tem como fundamento básico as Teorias Críticas da Educação, que tem um enfoque pluralista, pois adota procedimentos didático-pedagógicos de vários teóricos críticos como Habermas, Piaget, Vygotsky, Paulo Freire, Wallon, Freinet e Edgar Morin. A idéia do pluralismo pedagógico supera o dogmatismo e fechamento em uma só postura metodológica e os perigos do ecletismo inconseqüente e vazio, pois encontra fundamentos e unidade na linha teórica básica – a Teoria Crítica, servindo de paradigma para escolhas na diversidade das ações pedagógicas.

As Relações Educador–Educando dependem fundamentalmente da postura do educador, tendo sempre presentes os ensinamentos das ciências pedagógicas, da didática e das metodologias específicas de cada componente curricular. Compreende duas dimensões: o relacionamento inter-pessoal e a organização da coletividade, exigindo direção no ensino (sistematização) e orientação para o trabalho.
Um dos maiores desafios para o educador é o equacionamento de tensões. Para isso, há necessidade de propiciar atividades significativas e participativas (dinâmicas de ensino); de criar um clima de troca de aprendizagem e abertura; e de estabelecimento de normas para o trabalho educativo.
A essência pedagógica da relação educador–educando pode ser traduzida por Cora Coralina quando diz: “Feliz aquele que transfere o que sabe e que aprende o que ensina”.
O conhecimento é construído por meio de um processo interno dos sujeitos da aprendizagem, estimulado por condições exteriores criadas pelos educadores, nas interações sociais ou com o meio, de modo a permitir que o educando construa hipóteses sobre o mundo, desenvolva o raciocínio lógico e vá elaborando sua identidade ao desenvolver atitudes sócio-emocionais, culturais, ambientais, cognitivas e valorativas (éticas e morais).
O conteúdo programático passa à categoria de meio subordinado ao fim maior que é formar consciências críticas e profissionais capazes de se inserir no mundo moderno com eficácia técnica, comunicativa e ética.

  • Princípios Curriculares:

Compreende-se que os princípios curriculares compõem o eixo norteador para todo o processo educativo, devendo-se sempre adotá-los como linha diretriz para o desenvolvimento das ações e aplicação das normas, congregando tudo que o aluno pode e deve aprender na escola.

  • Princípios Curriculares:

O currículo se consolida numa trajetória que pressupõe etapas em que os saberes e fazeres dos sujeitos são planejados de diferentes modos e em múltiplos espaços. Ele não é estático. Ocorre num rico processo, visto que o saber escolar é construído e reconstruído numa constante relação com as experiências do cotidiano.
O caminho que leva à formulação de uma proposta é fruto de uma série de tomadas de decisões. Assim, currículo é um dos mecanismos que compõem o caminho que nos torna o que somos.

  • Da Organização Curricular:

Para a organização curricular devem ser observados os seguintes elementos:

  • Informações sobre o que ensinar, considerando os temas principais: conteúdos e objetivos, de forma a explicitar claramente as intenções;
  • Informações sobre quando ensinar – a maneira de ordenar e dar seqüência aos conteúdos e objetivos;
  • Informações sobre como ensinar – saber a maneira de estruturar as atividades de ensino-aprendizagem a fim de atingir os objetivos propostos em relação aos conteúdos selecionados;
  • Informações sobre quem, como e quando avaliar – nesse aspecto a avaliação é um elemento indispensável que assegura se a ação pedagógica responde adequadamente as intenções propostas e introduz as correções oportunas.

Para isto, é necessário que:

  • O educador tenha conhecimento acerca do aluno como sujeito da educação, levando em consideração: como este aprende; suas necessidades de aprendizagem; para que ele aprende (aplicabilidade daquilo que aprende);
  • O educador tenha uma visão ampla de conhecimentos didáticos, do processo educativo, da função da escola no mundo atual e das relações existentes entre educação, escola e cultura;
  • A funcionalidade do conhecimento seja ponto norteador considerando a relação entre escola e vida;
  • A escola seja concebida enquanto espaço de produção e re-significação de conhecimentos;
  • Haja a preocupação em oportunizar o acesso ao saber científico, valorizando a diversidade cultural e os conhecimentos prévios do aluno, organizando situações em que suas necessidades sejam respeitadas;
  • Leve-se em consideração como princípios básicos de organização: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, os PCN’s, o PPP da Província, o Planejamento anual e bimestral e o Regimento Escolar.

Planejamento é um processo que se preocupa com o “Para onde ir” e “quais as maneiras adequadas de chegar lá”, tendo em vista a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto às necessidades do desenvolvimento da sociedade, quanto às do indivíduo.
Por isso, define-se:

  • Que o planejamento seja um ato contínuo de reflexão, ação, reflexão;
  • Que o planejamento escolar conte com a participação dos gestores, equipe pedagógica, professores e pessoal técnico-administrativo;
  • Que aconteça o planejamento geral no início do ano letivo;
  • Que continuamente aconteçam encontros por níveis de ensino e periodicamente por áreas e por anos/séries, para integração dos componentes curriculares;
  • Que haja flexibilidade e pertinência no ato de planejar;
  • Que se considere a adequação e disponibilidade no que se refere ao tempo destinado ao planejamento;
  • Que a participação coletiva seja um fator imprescindível nos momentos de planejamento (socialização de idéias, experiências e saberes);
  • Que a organização, o acompanhamento e avaliação do processo sejam uma preocupação contínua dos educadores.

Existe uma relação de grande importância entre o processo de construção do pensamento e conteúdos propostos, a seleção e a forma como esses conteúdos são apresentados aos alunos.
O processo de ensino aprendizagem deve favorecer ao aluno a construção de um pensamento crítico, proporcionando-lhe a aquisição de novos conhecimentos. Para isso, a organização e seleção dos conteúdos propostos deve respeitar esse processo de desenvolvimento, agindo como instrumentos para o amadurecimento das competências cognitivas através de ações e operações mentais.
Que as escolas da PRONEVES adotem uma metodologia na qual:

  • Contemple um ensino que privilegie o contexto e esteja devidamente comprometida com o processo de formação dos alunos, buscando torná-los cidadãos atuantes e críticos no convívio social;
  • As atividades propostas incluam desafios que atendam aos diferentes níveis de desenvolvimento, respeitando as diferentes modalidades de aprendizagem e as múltiplas inteligências;
  • Os professores utilizem recursos incentivadores;
  • O professor busque e/ou atualize seus conhecimentos sobre as novas tecnologias, utilizando-as como ferramenta para a aquisição de novos conhecimentos significativos junto ao aluno;
  • O conhecimento seja problematizado por meio de situações desafiadoras e contextualizadas.
  • Que as escolas da PRONEVES promovam projetos educacionais em consonância com os conteúdos trabalhados, estabelecendo, sempre que possível, a interdisciplinaridade;
  • Que sejam propostas atividades extra-classes e aulas de campo que estimulem e ampliem a aprendizagem, dando significado ao conhecimento estabelecendo relação com o cotidiano;
  • Que os projetos de pesquisa favoreçam a investigação e produção de novos saberes;
  • Que os projetos e atividades extra-classes levem o aluno a perceber que o conhecimento vai além do que é apresentado na sala de aula;
  • Que se planeje, divulgue e crie espaços para a realização de atividades extra-classes que contribuam para o desenvolvimento intelectual, artístico e crítico dos alunos, gerando interação com a comunidade.

Hoje, o mundo da informação tem um apelo visual considerável, o que é um grande atrativo, principalmente para crianças e adolescentes. A escola que já se utiliza de recursos didáticos, não pode ignorar essa realidade, como um meio que contribua na construção do conhecimento, e não como um fim.

  • Que a escolha dos recursos didáticos que serão utilizados, especificamente os livros didáticos, levem em conta, prioritariamente, a concepção pedagógica adotada pelas Escolas PRONEVES e sejam elementos facilitadores na construção do conhecimento;
  • Que o professor utilize uma variedade de recursos didáticos que lhe ajude a realizar um trabalho estimulante para a aprendizagem;
  • Que o livro didático seja uma das fontes para o processo de ensino e aprendizagem devendo ser utilizado como um dos recursos adequados à realidade do aluno e às necessidades do professor;
  • Que outros recursos e espaços sejam bem utilizados (informática, biblioteca, laboratórios de ciências naturais e ciências químicas, físicas e biológicas e matemática, pesquisas em jornais, revistas, uso de recursos multimídia);
  • Que a biblioteca seja utilizada como fonte de aprendizagem tanto para o aluno, como para o educador, com acervo amplo e atualizado, e com profissionais capacitados;
  • Que as novas tecnologias sejam concebidas como mais um recurso didático a ser pensado e utilizado adequadamente.

As escolas PRONEVES estabelecem que:

  • A relação educador–educando esteja pautada na afetividade, movimento, inteligência e na formação do ser pessoa como elementos contribuintes do processo ensino e aprendizagem;
  • Seja concebida como uma relação de reciprocidade, que precisa se dar por meio de: respeito, harmonia, confiança, valorização, diálogo, ética, afetividade, sensibilidade e senso construtivo de justiça;
  • Haja promoção de encontros que enfatizem as relações interpessoais como um dos pilares para o bom desenvolvimento do trabalho educativo;
  • Sejam desenvolvidas algumas políticas internas que favoreçam um melhor relacionamento entre os grupos.

Diante de tantos desafios no processo de educar, entendemos que para uma melhor integração escola-família, faz-se necessário construir uma relação de amizade e de participação da família na vida escolar de seus filhos, para que juntos, se possa firmar nosso compromisso com a ação educativa.
Que a escola firme com os pais uma parceira permeada por uma relação de confiança, respeito, credibilidade e participação ativa no processo de ensino e aprendizagem.

“A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro”.
John Lennon

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