Entre mais de um milhão de estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio do Brasil que participaram das Olimpíadas Matific 2021, um total de 20 dos nossos 30 inscritos do 6º ano conquistaram medalhas de primeiro, segundo e terceiro lugares. A competição aconteceu no formato on-line, nos dias 29 e 30 de abril, e foi composta por atividades matemáticas.
Sofia de Saboia, do 6º ano B, foi uma das estudantes que conquistou o 1º lugar na competição, além de ter ficado entre os 50 melhores do país. "Participar da Olimpíada foi muito interessante e desafiador. A minha intenção era me testar e responder muitas questões em um curto período de tempo", afirma. Para ela, a competição foi importante para revisar algumas matérias e aprender bastante. "Fazer exercícios é uma ótima forma de aprender e é assim que estudo matemática", completa.
Confira abaixo a lista completa dos medalhistas da Olimpíadas Matific 2021:
Medalhistas Ouro: Sofia de Saboia, Pedro Henrique Costa, Cecilia Emanuelle, Maria Cecília Praxedes, Miguel Manso, Anike Beatriz, Maria Clara, Larissa Angélia e Maria Julia.
Medalhistas Prata: Lucas Alexandre, Maria Luiza Montenegro, Ana Beatriz Lucena, Sabrine Pereira Arrais e João Gabriel.
Medalhistas Bronze: Bruna Silva, Lucas Alexandre, Maria Helena, Maria Julia Lima, Marcos Vinícius e Isadora Silva Lima.
Parabéns a todos os estudantes que participaram e se esforçaram para alcançar este incrível resultado!
Chamado “A Livraria”, o espaço incentiva crianças a desenvolverem o hábito da leitura e entrarem no mundo da imaginação
Em meio ao mundo digital e ainda ditado pelo distanciamento social, o livro físico está disputando a atenção com as edições digitais ou outros formatos de conteúdo. Ter um espaço que possibilita às crianças a convivência com a leitura, desde a primeira infância, estimula o desenvolvimento social e intelectual. Os livros constroem identidade, formam valores e ensinam grandes lições de vida, tudo de forma lúdica e dinâmica, proporcionando uma nova forma de enxergar o mundo.
É papel das instituições de ensino incentivar o hábito da leitura desde cedo, disponibilizando bibliotecas, organizando desafios e trabalhando em sala de aula. O Colégio Nossa Senhora das Neves, em Natal, desde sempre desenvolve o gosto pela leitura com os seus estudantes. A partir de agora, muitas dessas atividades passarão a acontecer em seu novo espaço, chamado “A Livraria”, reinaugurado nesta terça-feira (27).
O espaço, que foi inicialmente criado em 1987, propõe oferecer aos estudantes o contato com o maior número de títulos possível, criando um universo em que os leitores podem circular livremente. Sua grande ideia é formar crianças leitoras, disponibilizando uma variedade de formatos que estimulam, despertam e incentivam a curiosidade delas, enquanto seu propósito é expandir o acesso à leitura e encorajar as reflexões.
“É importante que existam espaços como este nas escolas porque criam momentos lúdicos, incentivam a leitura das crianças e proporcionam uma troca de conhecimento por meio de conversas entre as turmas”, comenta a bibliotecária Taise Albuquerque.
O formato do espaço foi projetado pensando no lúdico, com elementos coloridos, iluminação, conforto e com muitos títulos disponíveis, de forma que desperte o desejo da leitura nas crianças e elas se sintam atraídas a parar para ler. “O gosto por ler se dá pelas experiências e pelas trocas construídas nos primeiros contatos com os livros. É possível que estando em um ambiente que tem aromas, texturas e cores, a criança sinta mais prazer em ler, criando um hábito”, comenta a professora Ana Regis.
A criação d'A Livraria permite que as crianças mergulhem no mar de palavras e histórias, na grande atmosfera de leitura e leitores, que circulem em um espaço de inúmeros títulos e descubram o prazer que é conhecer novos mundos através dos livros.
Os primeiros 5 anos de vida, desde a gestação, são os mais definitivos para que o desenvolvimento físico, social, cognitivo e diversas outras habilidades sejam potencializadas
Ao nascer, o bebê é imerso em várias novas experiências, desde a primeira respiração até o aconchego do colo quentinho de seus pais. Essas experiências recebidas na primeira infância (período que se estende até os 5 anos de idade) são absorvidas de forma rápida pelo cérebro da criança, que está super ativo, sendo moldado e absorvendo tudo o que é novo. As atividades sensoriais, nesse processo, são muito importantes, pois elas também auxiliam o desenvolvimento cognitivo, linguístico, motor, emocional e social dos pequenos.
Pesquisas apontam que ao proporcionar uma variedade de estímulos sensoriais, é possível alterar a estrutura neurológica da criança, pois é na primeira infância que as crianças tendem a reter um grande número de informações. Nessa fase, as chamadas “mentes esponjas” estão a todo momento absorvendo os estímulos que recebem e é justamente nessa hora que entram as brincadeiras sensoriais. "Ao possibilitar aos bebês e às crianças vivências sensoriais, estamos estimulando-as através de atividades que trabalhem competências, contribuímos fortemente com o desenvolvimento neurológico infantil", explica a psicóloga do Colégio Nossa Senhora das Neves, Nadja Medeiros.
As atividades sensoriais consistem em proporcionar ao bebê ou à criança o contato com diferentes materiais e texturas, dando a eles objetos para pegar, sentir e experimentar, sempre conversando e brincando enquanto isso. Diversas atividades são desenvolvidas no cotidiano das crianças da Educação Infantil do Neves, especialmente no berçário. As dinâmicas envolvem principalmente o tato e o paladar, trabalhando as sensações, gostos, texturas e também a coordenação motora. A partir destes momentos, as crianças têm abertura e possibilidade para explorar os sentido.
Algumas das atividades já trabalhadas na escola podem ser também realizadas em casa. Junto da nutricionista Aline Carolina, a psicóloga Nadja Medeiros selecionou algumas atividades sensoriais que os pais podem realizar em casa com os filhos:
- Encha luvas com diferentes materiais e de diferentes cores, como algodão, água com corante colorido, arroz, feijão, dentre outros materiais, preparar um local e pendurar de forma que as crianças alcancem e deixar que elas trabalhem o tato, sentindo as distintas texturas;
- Preparar gelatina, incolor e sem sabor, com frutas, verduras e legumes cortadinhos dentro, e deixar as crianças experimentarem a textura e também os diferentes sabores;
- Preparar um "banho de meleca", para que tenham uma experiência maior relacionado a textura. Fazer uma papa, de preferência com corante, para chamar mais atenção da criança, e deixar que se divirta pegando, pisando, espalhando pelo corpo, proporcionando um contato maior com aquela textura.
Mesmo com a publicação crescente de conteúdos digitais, a biblioteca ainda é considerada como um elemento essencial para o desenvolvimento da educação e da cultura
Livros, arquivos, histórias em quadrinho, estantes, mesinhas de estudo... Uma diversidade imensa encontramos em uma única sala. Este ambiente, por vezes tão silencioso, não parece fazer sentido nos tempos atuais. Mas é neste ponto que entra a importância da ressignificação das bibliotecas, tornando-as atrativas e criando um sentido maior para as crianças e adolescentes.
Np dia 9 de abril, é celebrado nacionalmente o Dia da Biblioteca. "O espaço não é só um ambiente que empresta livros, é um universo, um local comunitário que permite o acesso à informação de maneira democrática", explica Taise Albuquerque, bibliotecária do Colégio das Neves, em Natal. Para ela, este espaço é um elemento essencial para a alfabetização, educação, para a contribuição da informação e do desenvolvimento social e cultural das pessoas e comunidades. "Somos um ponto de acesso onde se pode criar, trocar ideias e produzir conteúdo; um espaço que pode ser usufruído", acrescenta.
O incentivo à leitura e à criação deste hábito deve ser desenvolvido desde os primeiros anos de vida das crianças. Ter um espaço funcional, que chame a atenção dos pequenos e facilite o acesso deles aos livros, promove a autonomia e o interesse pela leitura. E foi pensando nisso, que o Neves criou um espaço diferenciado para os estudantes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, chamado "A Livraria", ressignificando as bibliotecas convencionais.
"A proposta d'A Livraria é ousada, moderna e pós-contemporânea. Como assim? Os alunos podem ler do jeito que quiserem: sentados, deitados, dentro de caixotes, nos sofás... Então é um projeto muito inovador", comenta a coordenadora dos movimentos estudantis e idealizadora do projeto no Neves, Ana Régis. O espaço foi desenvolvido com uma árvore em destaque e com as luzes do ambiente saindo desta árvore, tudo pensando nos estudantes e na percepção deles, criando um espaço convidativo e onde a imaginação pode ir longe.
A biblioteca escolar é um elemento essencial de qualquer estratégia de longo prazo. "Ela oferece oportunidades para realizar experiências no campo da informação e também da imaginação, levando o estudante em uma viagem pelo mundo através de todos os livros disponibilizados", conclui Ana Régis.
O Colégio Nossa Senhora das Neves, em Natal, assim como diversas escolas, vêm manifestando sua opinião sobre a essencialidade da Educação. Nesta segunda-feira (3), estudantes da escola redigiram e publicaram uma carta aberta ao Governo do Estado do Rio Grande do Norte, defendendo o retorno das aulas presenciais para todos os níveis, nas escolas públicas e privadas, e expondo as dificuldades do ensino remoto.
Diante da publicação da carta, os estudantes do Colégio das Neves e de outras escolas de Natal como o CEI, Marista e Porto, estão promovendo um encontro que acontecerá na tarde de quarta-feira (5), no Neves. Juntos, os estudantes pretendem organizar suas ideias, expor suas opiniões, pensar em protocolos mais eficazes para cada instituição e explicar que as escolas públicas e privadas são espaços sadios de convivência e integração.
Confira trecho da carta, que pode ser lida na íntegra no perfil do Instagram do Centro Cívico Escolar do Colégio das Neves (@ccemana2021_):
“Desmotivação. Essa é a palavra que cerca diversos estudantes e profissionais atualmente. Tentamos e tentamos todos os dias, mas já se tornou algo extremamente exaustivo. Pedimos para que parem de disputas ideológicas e trabalhem em conjunto para o bem comum. Afirmar que o ensino remoto supre as necessidades é mais uma prova do negacionismo público.”
Além do encontro, também foi solicitada uma audiência com o Governo do Estado, em que os representantes das escolas planejam reafirmar o desejo do retorno às aulas presenciais.
Intérprete de Libras ressalta a importância da utilização de diversos recursos para o ensino de crianças surdas, assim como o acompanhamento do intérprete na vida social de quem usa esta linguagem
Falar sobre a educação de surdos no ensino regular também é falar de inclusão escolar. Comemorado no dia 24 de abril, o Dia Nacional de Libras foi instituído nesta data por causa de uma lei federal de 2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão. Mesmo sendo uma das línguas utilizadas no país, a Libras ainda não é de fácil acesso e no ensino regular é da mesma forma.
Pessoas com deficiência auditiva que se comunicam por meio de Libras necessitam, na maioria dos casos, do suporte de um intérprete para interagir com outras pessoas. Como é o caso da estudante Ana Luiza, surda implantada, que frequenta o 9º ano no Colégio das Neves, em Natal. Ela utiliza Libras em boa parte da sua comunicação e é acompanhada em suas atividades diárias pela pedagoga e pós-graduada em Educação Especial e Libras, Beatriz Martins.
A intérprete explica que o processo de educação inclusiva abrange diversos aspectos da aprendizagem, dentre eles, o ensino da Libras. “É importante que o estudante se sinta acolhido e valorizado no ambiente escolar e, para que isso ocorra, é necessário um processo de socialização entre a comunidade educativa, por meio do professor de Libras, juntamente com os demais docentes”, completa.
Além da interação com a comunidade escolar, durante as aulas é necessário que a comunicação visual esteja presente sempre que possível, como explica Beatriz, pois dessa forma a educação se tornará acessível e o estudante estará incluído no âmbito escolar, tendo seus direitos respeitados. "Para que não haja o bloqueio ou barreira na comunicação, o discente faz uso da Libras e da Língua Portuguesa escrita (bilinguismo), assim como também é necessário, para que o processo de aprendizagem aconteça, usar de recursos visuais, como imagens, vídeos, materiais concretos", conclui.
Carla Amaral, mãe de Ana Luiza, conta que no começo da vida escolar da filha, procurava uma escola perfeita, realmente adaptada e voltada para a inclusão, mas percebeu o quão distante aquela ideia estava. Em 2014 chegaram ao Colégio das Neves. “Até então, eu me sentia angustiada e decepcionada, enquanto Aninha estava traumatizada, totalmente desestimulada e desacreditada por experiências anteriores”, conta.
Porém, Carla aprendeu que confiar é o passo principal do processo, além de nunca duvidar da capacidade de superação e adaptação dos filhos. “Eu confiei e encontrei um ambiente saudável, onde Aninha se sente ‘parte’ e não ‘à parte’. Sou muito grata à escola e à professora Beatriz pelo empenho, paciência e muito carinho dedicado, principalmente nestes tempos de pandemia. A comunidade escolar vem se reinventando e buscando soluções para vencer as barreiras do distanciamento e as dificuldades que a tecnologia traz para o surdo. Isso sim para mim é inclusão, são os detalhes que vão para além de uma sinalização ou possibilidade de acesso físico”, explica.
Ana Luiza também participou da entrevista e passou seu recado, em Libras: "Libras precisa de respeito. Hoje faz 19 anos da Lei da Libras, é dia de comemorar", finaliza.